Quando aconteceu o acidente com o bonde número 10, que matou seis pessoas e feriu mais de 50, alertamos aqui sobre outro risco: acidentes envolvendo coletivos que trafegam em Santa Teresa em alta velocidade e de forma imprudente. Aconteceu. No último sábado (01/06), Sonia Amaral foi atropelada, arrastada e imprensada na calçada, no Largo dos Guimarães, por um ônibus da empresa Transurb que presta (mal) serviço ao bairro e não resistiu. A mídia praticamente ignorou o fato. O JB online publicou a matéria “Desordem em Santa Teresa sem bondes”. A AMAST (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa) denunciou o fato e encaminhou carta, com mais um apelo, ao prefeito, ao secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, e demais autoridades. “Será preciso que a próxima vítima fatal seja uma turista estrangeira para que providências sejam finalmente tomadas? Custa crer porque seria conceber o inconcebível: pensar que a atual administração discriminaria seus concidadãos”, conclui a AMAST.
“Prezado Prefeito Eduardo Paes
Prezado Secretário Carlos Osório,
Prezados vizinhos e demais autoridades
Ainda na semana passada, dia 28 de maio, alertamos este órgão de que a próxima tragédia em Santa Teresa envolveria a empresa que ora tem o monopólio do transporte coletivo em Santa Teresa: a Transurb. Desgraçadamente, ela se produziu já no último sábado: uma senhora de 60 anos atravessou a rua e morreu imprensada, na calçada, por um ônibus daquela empresa que transitava em alta velocidade, por volta de 23 horas no Largo do Guimarães.
Aliás, não é da semana passada que denunciamos a conduta irresponsável da Transurb em nossas curvas e ladeiras: pneus carecas, pedra escorando o banco do motorista (sic), excesso de velocidade, falta de urbanidade dos seus funcionários, etc.
Contratualmente, não se espera tal comportamento da parte de uma concessionária, não? No entanto, a concessionária além de ignorar os apelos da razão, segue impune e acaba de ser premiada com um aumento da sua tarifa (que só faria sentido caso ela nos oferecesse a prestação do serviço conforme merecemos). Registre-se que essa má concessionária opera algumas das linhas mais rentáveis do município.
Recebemos mais uma denúncia: “nesta segunda-feira, dia 3 de junho às 8:00h, o ônibus 214 – série: 72113 – em direção ao Castelo (Centro). O ônibus derrapou e quase bateu no poste na Rua Francisco Muratori, próximo ao 138, uma ladeira íngreme junto a uma curva fechada. Por pouco, sorte que a motorista estava devagar. Ela já havia avisado na garagem sobre o estado do pneu”.
Aliás, onde estão os limitadores, pardais, etc. que nos foram prometidos?
Como a impunidade prossegue, seus métodos de trabalho persistem e continuam a colocar nossas vidas e bens cotidianamente em perigo.
Também não é de hoje que insistimos para que um estudo e planejamento sobre o ordenamento do transito e estacionamento, adequados às nossas características urbanísticas e topográficas, seja realizado. Calçadas estreitas, ocupadas por inúmeros postes de 60 cm de diâmetro e até por carros, também colaboram com o perigo.
Será preciso que a próxima vítima fatal seja uma turista estrangeira para que providências sejam finalmente tomadas? Custa crer porque seria conceber o inconcebível: pensar que a atual administração discriminaria seus concidadãos.
Ajam, senhores, pois já passou da hora!”
AMAST – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa
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