O documentário “A caminho da Copa” reúne depoimentos de moradores removidos em diferentes comunidades. As histórias se parecem e a dor de perder a casa construída com esforço é a mesma. Suely Afonso da Costa, da Vila Harmonia, recorda-se, com indignação quando sua casa foi derrubada. “Eu estava dentro da casa, eu e minha mãe”. Ela mostra um documento de titulação do imóvel onde morava desde 1972 e pergunta: “Eu sou invasora?”.
“O mais paradoxal é que estão sendo removidas pessoas que tem a concessão especial e a titulação na mão”, destaca Raquel Rolnik, relatora especial das Nações Unidas para o direito à moradia adequada. “Não há razão nenhuma para retirar a não ser o fato de que são pobres”, dispara Carlos Vainer, urbanistas, do IPPUR/UFRJ (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
“Os casos (de remoção) lembram práticas nazistas. As casas são marcadas num dia e demolidas no dia seguinte. Gente passando com os tratores por cima das casa”, diz Juca Kfouri. As imagens mostram a realidade que atingiu comunidades como Vila Harmonia e a favela que ficava próxima ao Maracanã.
O filme “A caminho da Copa” tem roteiro e direção de Carolina Caffé e Florence Rodrigues.
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