Após uma sessão de CPI em que manifestantes protestaram ruidosamente sem parar, o bloco da oposição concedeu coletiva e reforçou a falta de proporcionalidade na composição da comissão. O bloco do governo “Por um Rio melhor” corresponde a 47% do Legislativo e tem 100% das vagas proporcionais da CPI, destacou Eliomar Coelho, adiantando que os parlamentares aguardam o resultado da ação na Justiça que contesta a legalidade da CPI. Como proponente da CPI, Eliomar é membro nato.
Desde quarta-feira passada, o bloco tenta apresentar recurso alegando que não foi observado o princípio da proporcionalidade. Eliomar afirmou que houve uma estratégia para impedir a interpelação com a obstrução das sessões, o que obrigou o bloco a levar a questão para a Justiça.
O bloco da oposição se recusou a participar da reunião mas assistiu à transmissão da sessão. Segundo Eliomar, foram 30 perguntas prontas e 30 respostas prontas. Houve até exibição de slides.
“Não há legitimidade. Por isso não estamos presentes. Nunca vi um clima tão tenso nesta Casa”, afirmou.
Sobre a afirmação do relator da CPI, professor Uóston, de que os quatro membros não assinaram a comissão porque foram convidados, os parlamentares reafirmaram que os quatro membros da CPI não assinaram deliberamente o requerimento proposto por Eliomar porque não queriam a abertura da comissão.
“ Uóston afirmou à imprensa que não há o que apurar. Ele se deslegitimou”, afirmou o parlamentar.
Policiais Militares cercaram o Legislativo e só permitiram a passagem de quem tinha crachá. Foram distribuídas senhas para as galerias que, no entanto, não estavam lotadas. A sessão da CPI contou com duas plateias distintas. Uma que se manifestou contra e outra que se manifestou a favor. Do lado de fora, houve agressões e pancadaria no intervalo. Segundo o jornal O Globo, “manifestante com o rosto bastante ensanguentado e, muito exaltado, acusou os vereadores de convocarem milicianos para tumultuar a sessão”.