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Rio antigo: um negro vendedor de cestas no século XIX


Dia 20 de novembro é Dia da Consciência Negra. A foto do negro, vendedor de cestas, tirada por Marc Ferrez, faz parte da séire “Ambulantes” e foi tirada em 1895. O Brasil é o pais que concentra o maior percentual de população negra fora do continente africano. Os portugueses trouxeram os negros de suas coônias africanas para trabalhar nos engenhos de açucar do Nordeste. Eram vendidos como peças. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou mais velhos. Não faz tanto tempo que a escravidão foi totalmente abolida no país – exatos 124 anos – mas ainda encontramos grande parte da população negra excluída e discriminada.

“Qualquer indicador que nós mobilizarmos no Brasil vai mostrar que existe um abismo entre brancos e negros”, afirmou Marcelo Paixão, professor de Economia da UFRJ, em entrevista concebida ao site no ano passado. Na época, Paixão acabara de concluir o Relatório Anual de Desigualdade Racial. O documento apontou, por exemplo, uma taxa de mortalidade maternal 70% maior entre negras.

“Nosso olhar foi treinado para fazer uma associação das linhas de cor e de classe e considerarmos esta associação a coisa mais normal do mundo. É estranho ver uma criança bem branquinha catando lixo. É estranho ver uma pessoa bem pretinha sendo dono de uma grande empresa”, ponderou. Vale a pena reler a entrevista do acadêmico.

Veja imagens da escravidão no Brasil
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One Response to Rio antigo: um negro vendedor de cestas no século XIX

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