Estreita e muito movimentada, a Rua do Ouvidor ganhou seu nome (ou seria apelido?) definitivo em 1746 porque era lá que residia o ouvidor-mor da cidade, Francisco Berquó da Silva Pereira. E ele não foi o único ouvidor – como eram denominados os magistrados na época do Brasil do antigo Império – a mudar-se para o logradouro. Com registro de existência desde 1578, a rua foi inicialmente batizada de Desvio do Mar porque ligava a orla ao “interior” do Centro. Foi considerada a via mais importante da cidade até a abertura da Avenida Rio Branco. No final do século XIX, abrigava grande parte dos jornais cariocas e um rico comércio. Era ponto de encontro de intelectuais com seus cafés e livrarias. Não por acaso virou cenário de “O Livreiro da Rua Ouvidor”, conto de Machado de Assis, e foi citada em diversos livros do renomado autor. A foto é de 1863, no apogeu da Belle Époque.
- Eliomar Coelho é engenheiro. Deputado combativo e ético, sua atuação política tem como referência a parceria com movimentos populares e como eixo central a defesa de uma política urbana democrática, que privilegie a cidadania e a participação popular. Leia mais
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