Não é surpresa nem novidade. Os governadores e prefeitos sabem que a tal “gestão compartilhada”, a privatização dos serviços de saúde, não tem vantagem alguma com relação ao investimento direto e correto em saúde pública. Cortam da saúde em benefício de transações econômicas que favorecem apenas um pequeno grupo, composto daqueles que se infiltram no Estado para tirar vantagens pessoais, e depois redistribuir para os seus aliados. Tem sido assim na atuação das Organizações Sociais (OSs), inauguradas propositadamente sem fiscalização suficiente. Tiveram que criar uma Fundação para gerir esses contratos, mas assim como as várias Agências do estado, esses órgãos não funcionam se o comando dos governos for a corrupção, ou seja, a entrega total dos serviços aos agentes particulares, o domínio privatista dos serviços. Descoberta a corrupção nos hospitais de campanha, agora Witzel diz que vai interferir no Iabas. É bom ser rápido. Até mesmo porque há fortes suspeitas de envolvimento de agentes públicos por trás das irregularidades. Um deles (exonerado do cargo) foi preso. Essa ação do governador não pode parar as investigações que recaem sobre a cúpula de seu governo.
Se queremos profissionais dedicados, servidores para nos atenderem nos momentos difíceis, precisamos lutar a partir de hoje pela expansão do SUS, para parar as privatizações no campo da saúde, e pela contratação permanente e valorização dos servidores e com mais recursos da União, sem teto de gastos pra aquilo que é claramente prioridade para sobrevivermos.
#Saudenãoemercadoria #ORionaosevende
Diário Oficial do Estado, 3.6.2020, página 2.