As severas críticas da opinião pública com relação ao patamar de gastos com propaganda por parte da atual prefeitura e acusações de mau uso do dinheiro público não causaram uma fagulha de constrangimento no prefeito.

Nosso alcaide se lixou e, sem nenhuma revisão, prorrogou, por mais 2 anos, o contrato de serviços com o “consórcio” de três empresas que cuidam da (boa) imagem da prefeitura. A saber: Binder FC Comunicação LTDA, PPR Profissionais de Publicidade Reunidos LTDA e Dupla Comunicação LTDA. Valor da nova conta a pagar: mais R$ 150 milhões.

A constatação da prorrogação do contrato foi feita a partir da análise dos relatórios do FINCON – sistema contábil e financeiro da prefeitura. Clique na imgem para ampliar:

Já denunciamos, mas nunca é demais lembrar. Houve um estrondoso incremento com marketing no mandato de Paes, quando as cifras com propaganda saltaram dos milhares, em 2009, para as dezenas e dezenas de milhões nos anos seguintes, a partir da contratação das empresas. A concorrência de R$ 120 milhões, foi aditivada em mais 25% (o máximo permitido) em 2011. A proporção final de gastos anuais ficou na ordem de R$ 75 milhões anuais. Mas o prefeito ainda resolveu antecipar despesas e queimar R$ 90 milhões só no ano passado (crescimento da despesa na ordem de mais de 13.000%, com relação a 2009!).

Vale lembrar que a prorrogação de contratos está autorizada “à prestação de serviços a serem executados de forma contínua”. Fica então a pergunta: a produção de propaganda é realmente um serviço que não pode parar? A publicidade de utilidade pública, veiculação de informativos da prefeitura na grande imprensa, não teria impedimento de continuar a ser executada sem contrato, como era feito anteriormente.

Afinal, a quem serve os filmetes publicitários a vender realidades edulcoradas?