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Os descontentes do Porto – a luta por moradia na Providência

A edição de janeiro da revista Piauí publicou longa reportagem sob o título “Os descontentes do Porto” – crônica de um movimento por moradia na primeira favela do Rio em época de dispersão política e megaeventos esportivos”. A matéria da jornalista Claudia Antunes relata a situação das 671 famílias obrigadas a deixar suas casas em função das obras do projeto Morar Carioca.

“A secretária de Habitação afirma que dará a todos os removidos possibilidade de serem reassentados na própria região, como determinam as leis municipais. O que aumentou a insegurança dos moradores foi o intervalo da marcação das casas e a construção de novas moradias prometidas”, afirma a reportagem.

Segundo a Revista Piauí, a prefeitura promete entregar 118 imóveis ainda neste semestre mas as obras mal começaram. Um dos terrenos destinados ao projeto sequer foi desapropriado.

Entre os relatos de moradores, destaca-se o de Roberto Marinho, que junto coma famíla vem resistindo à remoção e publicou, no Facebook, a página “Ideiais de uma luta – Morro da Providência”.

“Também queremos fazer parte do progresso. Só queremos um imóvel em troca do nosso atual com as mesmas disposições e localização. Chave por chave”, afirma.

A reportagem assinala o apoio da Defensoria Pública – que chegou a conseguir liminar suspendendo o Morar Carioca – e do Fórum Comunitário do Porto. O FCP, em seu site, define o Porto Maravilha como um processo de “expropriação da terra e da moradia da população mais empobrecida”.

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