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Rio antigo: o ônibus e o palácio que não existem mais

Uma cena datada. Um ônibus elétrico passando em frente ao Palácio Monroe. Ambos desapareceram da paisagem em épocas distintas. O Palácio sucumbiu ao processo de urbanização que trouxe o Metrô para a cidade. E o ônibus elétrico sucumbiu ao surgimento do coletivo movido à gasolina. Reportagem da Gazeta Mercantil, enumerou as características do veículo: possui quatro motores elétricos (cada um em uma roda), duas baterias de 58 elementos em série que formavam os acumuladores, dois freios mecânicos, rodas duplas de borracha maciça, oito lâmpadas internas, dois faróis externos. Pesavam 3,5 toneladas e tinham capacidade para 32 passageiros, com assentos confeccionados em palha da Índia. Curiosamente, no dia em que entrou em operação, em 1918, um dos coletivos se envolveu em um acidente e ficou bastante avariado, possivelmente porque a carroceria era de madeira. O modelo lembrava um bonde sobre rodas, o que imprimia àquele meio de transporte um perfil um tanto quanto excêntrico.

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