A Praia do Caju desapareceu com a construção da Ponte Rio-Niterói, na década de 1970. O bairro que deu o nome à praia é um dos mais antigos do Rio – começou a ser povoado em 1800. O ponto forte da região era a atividade pesqueira, devastada pela expansão do Porto.
Primeiramente habitada pelo rico comerciante português José Gouveia Freire, a região foi comprada pela família real para os banhos medicinais do rei D. João VI. Até então era um bairro rural. Depois, a região começou a ser loteada para parte dos 18 mil portugueses que vieram com a família real para o Brasil.
A Quinta onde o Rei tomava banho foi preservada, sendo mais conhecida como Casa de Banhos de D. João VI. Atualmente, é o Museu da Comlurb.
O bairro nobre – de 1830 até 1940 – aos poucos foi perdendo seu glamour. Ainda foi feita uma tentativa frustrada de revitalização, com o desmembramento de São Cristóvão depois da abertura da Avenida Brasil. Hoje, sofre com o trânsito intenso de carretas e o abandono do poder público.
Na atualidade, o Caju é mais conhecido por conter a parte mais importante do porto, a Ponte Rio-Niterói (Presidente Costa e Silva), o Hospital Estadual de Ortopedia, o Memorial do Carmo, o cemitério do Caju (São Francisco Xavier), áreas militares e estaleiros.
A região faz limite com os bairros de São Cristóvão, Benfica, Santo Cristo, Vasco da Gama, Maré e Manguinhos.
Curiosidade: foi a primeira região de banho de mar do Rio, sendo frequentada por toda a família real até D. Pedro II.
Recebeu o nome de Caju por causa dos muitos cajueiros (árvore cujo fruto é a castanha-de-caju) das chácaras e sítios da região.
Foto de Augusto Malta de 1923.
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