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O descaso do Poder Público

A maior parte dos danos provocados pelo temporal iniciado nesta segunda-feira seria evitada se a cidade tivesse prefeito e planejamento. Não tem. Como engenheiro e parlamentar, Eliomar sempre priorizou a política urbana em seus mandatos e há muitos ele aponta a falta de planejamento urbano como um dos mais graves problemas do Rio de Janeiro.

Quem mais sofre com desabamentos, deslizamentos e alagamentos são as famílias que vivem em condições precárias, em moradias sem nenhuma infraestrutura para suportar chuvas fortes, localizadas em áreas de risco. Abandonadas pelo poder público.

O lixo é um dos principais fatores de enchentes nas cidades. Amontoados de garrafas, armários, roupas, caixas, brinquedos e pedaços de madeira, além de sacos de lixo, se acumulam em diferentes partes da cidade, obstruindo bueiros e prejudicando a drenagem da água. Tanto que são objetos como esses que vemos flutuando nas regiões alagadas, e que aparecem quando o nível de água começa a baixar.

Isso tem a ver, entre outros aspectos, com um sistema de drenagem insuficiente e com a ausência de uma orientação, por parte do poder público, sobre a forma como a população deve descartar o lixo. Cuidados que também são de responsabilidade da prefeitura. Mas, além de não cumprir este papel, a prefeitura abandonou a Comlurb e não cumpriu sua dívida com a empresa que transporta o lixo coletado no Rio para o Aterro de Seropédica. Por conta disso, a empresa não tem condições de fazer o trabalho, o número de caminhões foi drasticamente reduzido e o resultado foi o acúmulo ainda maior de lixo nas ruas desde a semana passada. Como se não bastasse, a prefeitura não gasta um centavo com a limpeza de bueiros.

No Centro, prédios históricos estão jogados às traças, sem restauração, e suas fachadas, fragilizadas pelo tempo, desabaram com a chuva. Risco para quem está dentro e quem está fora, além de um desrespeito à nossa história, à bela arquitetura que marcou uma época. Prédios abandonados pelo poder público.

É claro que a chuva foi de intensidade incomum e alguns desastres naturais são inevitáveis. Mas, como afirmam diversos ambientalistas, as consequências do temporal são, em maioria, desastres socialmente construídos, e não naturais.

Deixamos aqui nossa solidariedade às vítimas do caos que se instalou no Rio, onde quatro mortes foram confirmadas até o momento, pessoas se feriram, ficaram desalojadas e tantas outras enfrentaram e estão enfrentando transtornos diversos desde ontem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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