Mais uma “parceria” público-privada que se mostrou um desastre — não sem alertas e denúncias da sociedade e do nosso mandato na Câmara Municipal, em 2012. A tal parceria funciona assim: a concessionária antecipa metade do investimento e o estado tem que começar a ressarcir as empresas logo no mês seguinte à assinatura do contrato.
Claro, como sempre, as obras são feitas sem planejamento urbano algum. A população no entorno — moradores e comerciantes — que se lixe. Estudo sério de demanda e viabilidade técnica então, nem pensar. Afinal, se houver erro no cálculo, os cofres públicos deverão ressarcir ainda mais as empresas.
Quando as condições ficam então desfavoráveis — e os ganhos iniciais já foram pro bolso daqueles que acertaram o negócio — a concessionária pede para encerrar o contrato. E a população que pague a conta, sofra com o impacto urbano causado e fique sem o serviço.
Cadê o VLT? A história da falta de planejamento na mobilidade urbana do Rio se repete. Repete-se também a história da prevalência dos interesses privados sobre o interesse público nas políticas das cidades.
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