Dia 1º de Março, aniversário da cidade do Rio de Janeiro. O dia poderia ser de festa, mas o que vemos é o descaso do Poder Público com as chuvas castigando, uma vez mais, a população da nossa cidade.
Na Zona Oeste, novamente os maiores estragos, com duas vítimas fatais. Muita gente perdendo tudo em Realengo. Em Jardim Maravilha, um verdadeiro lago sobre as ruas, com água acima da cintura, invadindo as casas. Na Taquara, mais corredeiras e destruição. Notícias de localidades inteiras isoladas pelas chuvas. As cenas no Museu do Pontal mostram as pessoas tentando salvar um dos maiores acervos de arte popular de nosso país. Em Gericinó, familiares de presos desesperam-se às portas do complexo penitenciário – as celas estão alagadas, não há comida. E estes são apenas alguns dos locais afetados. É avassalador.
O caos que vivemos hoje no Rio de Janeiro não é novo… Há três anos, a administração municipal passou a tirar dinheiro de áreas de prevenção e auxílio aos atingidos por enchentes e deslizamentos. Crivella remanejou verbas e deu cargos para evitar sua cassação e esqueceu completamente do bem-estar da população carioca. Desde 2017, já são mais de 20 mortos em decorrência do despreparo da cidade para lidar com as chuvas recorrentes.
A CPI das Enchentes, presidida pelo companheiro Tarcísio Motta, apontou mais de 100 propostas para a cidade diminuir os efeitos das chuvas sobre sua população, principalmente, as pessoas mais pobres, em favelas e também na zona oeste. Mesmo com o término dos trabalhos, continuaremos denunciando as violações e o desmonte promovidos pelo Poder Público, em atenção constante aos moradores das áreas mais afetadas.
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