Chegou ao fim a CPI da Supervia da Alerj, da qual fiz parte como vice-presidente, participando de audiências e inspeções onde constatei o que o usuário de trem enfrenta todo dia: os péssimos serviços oferecidos à população que contam, no mínimo, com a omissão do governo Cláudio Castro.
A CPI teve vitórias. Graças à sua força política e midiática não houve o aumento absurdo da passagem para R$ 7,00. A volta do Expresso de Santa Cruz, mesmo que ainda de forma capenga, pode ser considerada outra vitória.
É fato que tudo falta: conforto, pontualidade, segurança dentro e fora das estações, banheiro nas estações e orientação para os usuários. Os trens vivem lotados. Sobra lixo nas margens, e os dormentes estão em péssimo estado.
Os ramais de Guapimirim e Vila Inhomirim estão completamente abandonados com intervalos que passam de 4 horas, e estações onde o trem não chega por falta de manutenção da ponte.
Demos a nossa contribuição para o relatório final com propostas melhorias para acessibilidade e medidas concretas para a adequação das estações com o intuito de evitar acidentes.
Também defendemos concurso público para cargos técnicos na agência reguladora (Agetransp), além da mudança do índice da tarifa para baixar o valor da passagem.
Mas o que precisamos mesmo é rever esse modelo de sistema de transportes que pune de forma perversa diariamente milhares de usuários nos diversos modais – trens, barcas e ônibus e metrô.
Novos investimentos públicos chegaram para os trens. Mas até agora não se tem clareza, não há acompanhamento do poder público sobre que tipo de obra está sendo feita e quando será entregue em quais estações.
Nosso trabalho, de dar voz à população, denunciar o descaso com as políticas de transporte e legislar sobre ela, vai continuar, com ou sem mandato. Esse é um tema que eu aprendi muito nos anos trabalhando com o Eliomar e levarei sempre na minha vida política.
Política de transporte precisa ter controle público! Isso significa planejamento e coordenação feita pelo Poder Público, com olhar para as regiões do estado e com a integração entre os modais, inclusive tarifária, entregando um serviço eficiente para a população.
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