Basta comparar os mapas dos Metrôs de Londres, Nova York e Paris para ver como nossa realidade é diferente. Guardadas as devidas proporções, uma vez que estamos falando de cidades de dimensões e geografia bastante diferentes, é evidente que o Metrô em rede, nestes grandes centros urbanos, atende muito mais eficazmente às suas populações. Para se ter um parâmetro da diferença, antes de descrever os Metrôs citados, vamos aos números do nosso Metrô: 42 km, duas linhas, 35 estações. Vale considerar que a população do Rio é de mais de 6 milhões de habitantes. Se a cidade de Nova York tem densidade demográfica muito alta, com aproximadamente 19 milhões pessoas, Londres não chega a 7,75 milhões de habitantes e Paris tem pouco mais que 10 milhões de moradores.

O Metrô de Londres tem 11 linhas, 270 estações e 402 quilômetros. Só perde em tamanho para o Metrô de Shangai. Mas tem mais estações que o sistema chinês. É o terceiro mais movimentado depois de Paris e Moscou. Ou seja, quem mora em Londres depende e vive andando de Metrô porque ele cobre a cidade de norte a sul, de leste a oeste (mapa abaixo).

Mesma situação vive quem é habitante em Paris onde o Metrô também transporta grande parte da população para os quatro cantos da capital francesa. São 16 linhas mas a extensão é menor que o Tube, em Londres: 213km. Apesar disso, tem mais estações (301) com 62 transferências. A integração com o sistema ferroviário (RER) complementa a grande abrangência do sistema francês (mapa abaixo).

O Metrô de Nova York é mais difícil para o “leigo” e tem um traçado diferente, que não forma uma grande teia como nas outras cidades. A devantagem é que não se encontra uma estação a cada esquina. A vantagem é que as linhas são mais diretas e o tempo de viagem é mais curto. Ainda assim, o Metrô tem 396 km de extensão e mais estações que o de Londres e Paris: 468 ao todo (mapa abaixo).