Moradores de Santa Teresa reunidos no Largo dos Guimarães tentam impedir a abertura de mais um canteiro de obras do bonde em trecho da Rua Almirante Alexandrino. Com previsão de acabar no dia 11 de março, as obras na Rua Joaquim Murtinho, interditada em novembro de 2013, vão durar pelo menos mais três meses. Apenas 400 metros dos 2.400 metros de trilhos foram trocados. Cresce a vegetação no chão e casos de furtos e assaltos. Houve protesto no sábado (22/03) com passeata e fechamento do Largo (foto).
Segundo denúncia da AMAST (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa), a obra foi iniciada sem nenhum planejamento. CEG, Cedae e Rio-Águas ainda realizam intervenções que, de acordo com a entidade, poderiam ter sido feitas sem o fechamento da rua. A interdição prejudicou o abastecimento de água, a coleta de lixo e a segurança no local. O bairro foi submetido a uma nova engenharia de tráfego que afetou a mobilidade urbana de Santa Teresa, onde o intervalo dos coletivos da Transurb aumentou significativamente.
“Ficamos sem a opção dos bondes e temos menos ônibus. Quase não se vê o tal ônibus “amarelinho” com tarifa de R$ 0,60 que a prefeitura colocou em circulação para substituir os bondes. O tempo de espera no ponto de ônibus aumentou muito”, reclama Mariana Santos, universitária residente no bairro que já havia perdido o ônibus-integração com o Metrô.
Os moradores reivindicam um canal de diálogo com as autoridades responsáveis pela obra, informações sobre o projeto executivo, autorizações e pareceres das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente, estudo de Impacto de Vizinhança e parecer da Geo-Rio sobre a situação dos muros de contenção de encostas nas Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino.
A entidade alerta para a necessidade de sondagens e estudos de terrenos nas duas ruas que ficam em encostas instáveis. Os moradores temem que a infiltração das chuvas provoque desestabilidade nas ruas. Vários trechos têm muros de sustentação onde ocorreram deslizamentos provocados por temporais.
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