Realizamos nesta segunda-feira (14/5) na Alerj audiência pública para discutir o orçamento da Cultura e o Theatro Municipal, que passa por um momento especialmente difícil, devido à retirada de sua autonomia administrativa, como atestaram os diversos servidores e integrantes do corpo técnico (balé, coral e orquestra) do Theatro, que lotaram o plenário e deram seus depoimentos, preocupados com a situação.
Se a Cultura sempre padeceu com a falta de verbas que é fruto do histórico descaso dos nossos governantes com a área, o corte de 38,5% no já reduzido orçamento (apenas 0,2% de todo o orçamento do estado!) somente reforça esse cenário de abandono. Só o Theatro sofre atualmente um contingenciamento de 47% do orçamento previsto para a fundação em 2019.
É igualmente estarrecedor o contingenciamento pelo qual passa a FUNARJ (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro, ou simplesmente Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro), com cortes de até 85% em um de seus programas. A fundação gere diversas unidades culturais no estado, sendo, portanto, de enorme relevância para o setor.
Vemos essa situação também como uma enorme contradição no discurso do atual governador: Witzel destacou que apostaria no turismo para salvar o estado da crise, mas ignora a importância da cultura e das instituições culturais para o turismo. Nesse sentido também nosso histórico Theatro faz-se fundamental, já que é um dos nossos mais importantes símbolos e, com sua arquitetura e rica produção artística, atrai turistas do mundo todo.
E se ele está sendo tratado dessa forma, a despeito de todo o reconhecimento acerca de sua importância, imaginemos a situação da produção cultural no interior do estado, tantas vezes ignorado e desamparado em tudo o que se refere ao setor, em meio à falta de políticas culturais e editais que atendam aos trabalhadores da área.
Não podemos admitir que uma área tão importante para a sociedade e para a história do Rio de Janeiro seja tratada com tamanha insensibilidade e desprezo. A Comissão de Cultura ALERJ, presidida por mim, seguirá na luta pela valorização da Cultura, das nossas instituições culturais e trabalhadores do setor!
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