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Rio, sem planos contigenciais, sucumbe às enchentes

O Rio de Janeiro foi castigado, mais uma vez, pelas chuvas? Não! Foi castigado pela má administração de governo e prefeitura. A repetição deste cenário de rios que transbordam e desabamentos de moradias – desta vez com três vítimas fatais e seis mil desabrigados – suscita uma pergunta: por que até hoje não existe um plano profilático e um alerta emergencial a fim de impedir as crônicas de enchentes anunciadas que, este ano, estão chegando mais cedo.

O prefeito recomendou aos cidadãos que evitassem sair de casa como se fosse natural sucumbir ao caos e parar a cidade toda vez que chove forte por algumas horas. Agora quer multar a concessária que construiu a Avenida Binário, que virou um rio por falta de drenagem. Mas o próprio prefeito chegou declarar que a drenagem só ficaria pronta em 2016. Isso é admissível?

Todo Verão, volto ao mesmo assunto, lamentando desabamentos e mortes no nosso munícipio e em outras cidades do estado. O deputado Chico Alencar apresentou o projeto de lei 840/2011 que estabelece medidas de prevenção de enchentes, deslizamentos de terras e eventos similares mas até hoje a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal não apreciou a matéria. Parece que a CFT não vê urgência no assunto da mesma forma que o prefeito não vê a necessidade sine qua non de drenagem em uma obra de engenharia civil.

E de quem a culpa? Da concessionária ou da prefeitura que não exerceu rígida cobrança e fiscalização?

E mais uma vez assistimos ao drama de famílias desabrigadas em comunidades como Complexo do Alemão. A população solidária recolhe doações. Alimentos, roupas, água e produtos de limpeza podem ser doados diretamente na Vila Olímpica, na Estrada do Itararé, 480, ou através dos telefones 2537 2930/2537 2747.

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