Já existe um clamor público pela mudança do nome do Engenhão batizado de Estádio Olímpico Muncipal João Havelange. Alterar seu nome para João Saldanha – proposta encaminhada por nosso mandato em parceria com os vereadores Paulo Pinheiro e Renato Cinco do PSOL – serve duplamente como homenagem e reparação.
A justa homenagem ao jornalista João Saldanha já colhe simpatia e apoio. Difícil encontrar torcedor, carioca, brasileiro, ou mesmo quem discordava do cronista esportivo, que não nutra admiração por Saldanha, homem do esporte morto na labuta, em Roma, durante a cobertura da Copa do Mundo da Itália, em 90. A ideia virou campanha no Facebook e tem angariado sucessivos artigos favoráveis na mídia. E não adianta Eduardo Paes tentar jogar a responsabilidade para o Botafogo (que administra o Engenhão) porque rebatizar o estádio é prerrogativa da Câmara dos Vereadores.
“Fora Havelange. Engenhão é João Saldanha” é o grito da torcida que clama reparação: a justa supressão do nome do ex-presidente da Fifa da fachada do Engenhão. A repulsa ao nome de Havelange cresceu, e ganhou as redes sociais, especialmente depois que a Justiça da Suiça confirmou que o dirigente esportivo e seu ex-genro, Ricardo Teixeira, receberam, pelo menos, R$ 26 milhões de propina, entre 92 e 97, da ISL (International Sports and Leisure), empresa suíça de marketing esportivo que detinha os direitos de transmissão da Copa do Mundo.
A mudança de nome não resolverá apenas uma questão ética. João Havelange não é digno desta homenagem. Mas nossa proposta também busca trazer novos ares ao Engenhão, um estádio construído à base de muito superfaturamento.
Muito além da troca do nome, estamos de olho no que acontece com o Engenhão. Por que as rajadas de até 93km, registradas no temporal do último dia 06/05, não afetaram o estádio, fechado porque não suportaria ventos de mais de 60km? Este foi um dos diagnósticos do laudo apresentado pela prefeitura para justificar a decisão de interditar o equipamento.
A justificativa do projeto de lei resume bem a filosofia dos parlamentares do PSOL: “Mesmo que não seja possível resgatar a confiança na cobertura do estádio no curto prazo, que se resgate, ao menos, a respeitabilidade de seu nome, associando-o a uma personalidade de reputação inabalável.”
E como dizia, João Saldanha, “vida que segue”…com fiscalização rigorosa e acompanhamento da reforma do Engenhão que precisa ser reaberto com total segurança. Ou melhor, do Estádio Olímpico Municipal João Saldanha!
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