Cerca de 200 de pessoas acompanharam o lançamento da Frente Parlamentar de Defesa do Servidor Municipal e do Sistema Previdenciário do Município do Rio de Janeiro. A iniciativa aconteceu nesta quinta-feira (12), no Salão Nobre da Câmara dos vereadores, durante debate com objetivo de analisar e discutir o Projeto de Lei Complementar 041/2010, de autoria do Executivo. Além do vereador Eliomar Coelho (PSOL), presidente da Frente, também estavam presentes os parlamentares Paulo Pinheiro (PPS), Reimont (PT) e Sonia Rabelo (PV) e ainda o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, a coordenadora da capital do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Rosilene Silva, e o presidente da Associação dos Servidores do Previ Rio, Ulysses Silva.
O PLC estabelece mudanças como perda da paridade de reajuste salarial para aposentados e pensionistas e redução do teto das pensões para futuros servidores. Eliomar Coelho (PSOL) se mostrou preocupado com a proposta da prefeitura e ressaltou a importância da participação dos servidores nessa Frente.
– Caso a proposta da prefeitura do Rio seja aprovada, os servidores, ao se aposentarem, perderão direitos como integralidade, paridade e as pensões serão reduzidas em aproximadamente 70% dos vencimentos da ativa. Sabemos que o Funprevi e o Previ Rio chegaram onde chegaram graças as ações do poder Executivo. Temos muito a discutir e a mobilização do servidor é fundamental.
Para a vereadora Sonia Rabelo (PV), é importante que os funcionários municipais elaborem propostas para salvar os Fundos de Pensão dos Servidores.
– Precisamos saber o que queremos para negociar com o prefeito. Defesa do servidor é a defesa do serviço público municipal do Rio de Janeiro. É impossível essa cidade pretender realizar Olimpíadas e Copa do Mundo sem, no mínimo, deixar como legado uma cidade que funcione e um serviço público eficiente.
Os servidores se organizam para novas manifestações. Representantes de diferentes setores do funcionalismo público prometeram lotar as ruas e o Plenário para pressionar os vereadores a votar contra o Projeto de Lei Complementar. A idéia dos manifestantes é fazer chamada nominal dos vereadores presentes e lembrá-los que 2012 será ano eleitoral e muitos serão candidatos a reeleição.
“A quantidade de gente presente neste evento demonstra que o servidor tem disposição, sim, para ir às ruas e ao plenário cobrar uma iniciativa que defenda as nossas questões.” Afirmou Ulysses Silva.