Há ainda quem torça o nariz para a batida genuína das comunidades cariocas. O funk é um movimento cultural que encontra eco entre jovens da periferia do Rio de Janeiro. Aliás, já extrapolou seu território de origem e provou que aproxima diferentes classes sociais. É, hoje, uma manifestação cultural de massa em todo o país, fonte de renda e perspectiva de vida.
No entanto, apesar do funk movimentar grandes cifras e atingir milhões de pessoas, alguns artistas são explorados, submetidos a contratos abusivos e, muitas vezes, roubados. O mais grave é que, sob o comando monopolizado de poucos empresários, a indústria funkeira suprime a diversidade das composições e ajuda a reforçar uma corrente marcada pela temática pornográfica, o chamado funk proibidão, que acirra o preconceito.
Seguindo na contramão desta linha, muitos MCs e Djs encontram dificuldade para tocar sua arte por não encontrar espaço na mídia e nem nos bailes. Porque o funk vai muito além do proibidão. Esta certeza resultou no projeto de lei 1841/2008, de minha autoria, que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. O objetivo? Evitar práticas discriminatórias de qualquer natureza e assegurar liberdade de ação aos promotores do funk. E garantir diversão para todos que curtem o batidão.
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