Em decisão extrema, a Reitoria da UERJ, por falta de verbas e alegando “estado de insalubridade”, resolveu fechar a universidade nesta semana. E sem nenhum diálogo com a comunidade acadêmica.
A situação é caótica. Com o pagamento de outubro atrasado, os funcionários terceirizados de limpeza e segurança deixaram de prestar os serviços. Alunos com bolsas de estudos para estágios e pesquisas, atrasados. No Cap-Uerj, funcionários com salários atrasados. No Hospital Universitário Pedro Ernesto, greve de médicos residentes se arrasta por um mês. Leia mais
É uma tragédia sem precedentes na história da educação fluminense e “crônica de uma morte anunciada”. Desde o início deste ano, nosso mandato vem denunciando o descaso com a educação fluminense. No caso das universidades estaduais, o contingenciamento e cortes nos gastos, no início do ano, atrasaram o início das atividades letivas em quase dois meses, quando professores tiveram que comprar com seus salários até materiais para aulas e produtos de limpeza.
Mas essa situação de caos na educação estadual tem nome e digital: a política educacional do governo estadual, que consiste em reduzir investimentos em educação, preferindo, a título de investir em segurança pública, aumentar gastos com a repressão. Além de continuar a política de isenções às grandes empresas.
Não podemos permitir essa situação. É um verdadeiro crime contra milhares de jovens, trabalhadores e profissionais de educação. Além de atestar a total falta de capacidade de gerir o governo estadual