Os elogios à verve de Luiz Antônio Simas, historiador, escritor, professor, cronista e profundo conhecedor do samba foram unanimidade na solenidade de entrega da Medalha Pedro Ernesto, concedida por Eliomar Coelho, realizada na noite de segunda-feira (11/08). Prestes a lançar o “Dicionário da História Social do Samba” – em parceria com Nei Lopes – Simas ganhou o apelido de “novo Suassuna” durante a homenagem pelo encantamento que provoca nos leitores de seus livros e artigos e em seus incontáveis alunos, incluindo aqueles que o acompanham nas aulas públicas do projeto Ágoras Cariocas do coletivo Norte Comum.

“Simas é craque. O livro “”Pedrinhas Miudinhas – ensaio sobre ruas, aldeias e terreiros” é um encantamento” – exaltou Eliomar, acrescentando que o autor é um exemplo de resistência e valorização da cultura do Rio.

Autor de “Tantas páginas belas – histórias da Portela” – em co-autoria com Alberto Mussa –, Simas lançará também livro sobre os enredos das escolas de samba com o jornalista Fábio Fabato, para quem o historiador “é o maior porta-voz contemporâneo da cidade”. Fábio compôs a mesa da solenidade ao lado de Alberto Mussa, de Rodrigo Ferrari, da Livraria Folha Seca, de Carlos Alves, da Livraria Alfarrábio, do jornalista Lúcio Castro e de Carlos Meijueiro, do Coletivo Norte Comum.

“A vida é perene quando conseguimos nos ultrapassar. Simas é um professor que não cabe na sala de aula. Eliomar teve sensibilidade ao prestar esta homenagem”, afirmou Chico Alencar.

Para Alberto Mussa, o conhecimento de Simas sobre Umbanda e samba é contribui para a diversidade cultural e intelectual e é um antidoto contra o “monobloco cultural”.
Visivelmente emocionado, o homenageado encerrou a solenidade cantando “Cidade Mulher” , acompanhado do jornalista, músico e ex-aluno Tiago Prata. “O que fica é a cidade com suas histórias”, concluiu Simas.

Vejas fotos da solenidade (Fotos de Cícero Rodrigues)