Após anos de espera e um mês de greve, muita luta e pressão dos profissionais de educação, o alcaide Eduardo Paes envia para a Câmara a proposta de Plano de Carreira do pessoal do Magistério. Porém, é preciso registrar aqui que prefeito e secretária municipal de Educação, em todas as fases de negociação durante o movimento dos profissionais de educação, prometeram que o projeto seria discutido e elaborado com a participação do SEPE.
Mas, para surpresa da categoria que suspendeu a greve acreditando que a prefeitura iria cumprir com as promessas e acordos, o Plano de Cargos e Salários enviado pelo alcaide Eduardo Paes e a secretária Claudia Costin é um escracho na cara dos profissionais da educação da cidade do Rio de Janeiro.
O projeto enviado à Câmara, não representa as necessidades da categoria – 93% do magistério (professores de 16 e 22,5 horas) está praticamente excluído. A proposta extingue os cargos de Professor I e Professor II e institucionaliza o profissional polivalente (“PEF”); não institui 1/3 da carga horária para planejamento; não institui a data-base para aumento dos vencimentos; não garante a eleição direta para diretores; não admite o cargo de “cozinheira escolar”; retira a paridade dos aposentados…E não para por aí. Muitas outras incoerências e arbitrariedades estão contidas na mensagem do Executivo.
O Mandato Eliomar Coelho não apoia o projeto da forma como está apresentado e estaremos em conjunto com o Sepe e os profissionais de educação lutando por uma proposta que realmente valorize e resgate a dignidade do profissional de educação, em sua luta por uma escola democrática e de qualidade.
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