As obras do Campo de Golfe Olímpico podem ser suspensas caso a prefeitura e a Fiori Empreendimentos Imobiliários não entrarem em acordo sobre mudanças no projeto. O MP denunciou irregularidades e exigiu um recuo nas obras do campo para preservar uma faixa próxima a Lagoa de Marapendi. Mas a exigência não foi cumprida.
No Mapa Crítico da Cidade do Rio de Janeiro, elaborado pelo Mandato Eliomar Coelho, denunciamos o crime ambiental que está sendo cometido na APA Marapendi (Área de Proteção Ambiental). Um vídeo publicado no Mapa mostra depoimento do biológo Marcelo Melo que reforça o absurdo da obra.
Embora a cidade já tenha dois campos de golfe, que poderiam ser adaptados para as Olimpíadas, a prefeitura insistiu em construir, ao arrepio da lei, um novo campo na Área de Proteção Ambiental (APA) de Marapendi.
O prefeito Eduardo Paes conseguiu aprovar na Câmara Municipal lei complementar que altera as regras de ocupação e o gabarito de construção da área. No terreno poderão ser construídos 23 prédios de 22 andares. Um presente do prefeito para a especulação imobiliária.
Toda esta operação, via legislação urbanística, foi feita sem nenhum estudo de impacto ambiental. Isso abriu caminhou para a construção do Hotel Hyatt. O Coletivo Resistência Zona Oeste, que organizou várias manifestações contra a construção do campo de golfe, entrou com ação no Ministério Público denunciando as irregularidades mas nada aconteceu. A devastação prosseguiu.
Se não houver acordo entre a prefeitura e a Fiori até o dia 17 de setembro, o Tribunal de Justiça julgalrá o pedido do MP e poderá suspender as obras. Será que ainda resta uma esperança?
Leia mais no Mapa Crítico e veja o vídeo-denúncia com depoimento de Marcelo Melo.