Diversas situações relacionadas ao setor de transportes no Rio de Janeiro, ocorridas nos últimos dez anos, estão no centro das investigações de corrupção que já levaram à prisão o ex-governador Sérgio Cabral e vários de seus colaboradores, no governo e na Alerj. Entre outras, citamos:
– As tarifas aumentaram, em ritmo galopante e muito acima da inflação, desde o início do século, sendo que a evolução na qualidade dos serviços só foi verificada após mais de uma década. A renovação das composições na Supervia e no Metrô só se concluíram às vésperas dos megaeventos que o Rio sediou em 2014 e 2016;
– As obras dos teleféricos e da modernização dos bondes são permeadas de obscuridades, sendo que os teleféricos, após centenas de milhões de reais investidos, não está operacional;
– No sistema aquaviário, houve investimentos igualmente milionários em embarcações que não tinham sequer dimensões adequadas para operar nas docas e estaleiros existentes;
– Do ponto de vista da gestão das concessões, há casos no mínimo estranhos;
Tais investimentos e projetos merecem uma análise de conjunto, focada nos impactos sobre a economia e sobre a mobilidade no Rio de Janeiro. Quanto o Estado gastou em todos esses investimentos? O que seria possível fazer, caso tais investimentos obedecessem a uma lógica voltada para a integração (física e tarifária) entre os modais? Por que as concessionárias não conseguem sustentar seus equilíbrios econômico-financeiros e um padrão mínimo de qualidade mesmo obtendo tantas concessões e apoios do Poder Concedente?
Para apurar tudo isso, aprovamos na sessão da #CPIdosTransportes nesta quarta-feira (7/3) que sejam realizadas as seguintes audiências públicas.
Confira e fique ligado nas próximas reuniões da Comissão.