Nosso mandato, consternado, se solidariza à insondável dor de todas as
famílias que perderam seus filhos e amigos vítimas da tragédia ocorrida na
escola Municipal Tasso da Silveira.
Aos professores e funcionários de toda a comunidade escolar do Rio de
Janeiro, nossa mensagem é de que resistam a mais este ataque contra a
dignidade do profissional de educação.
Porém, esse momento de profunda tristeza também nos impõe a tarefa
de uma reflexão, pois, tragédia dessa natureza não pode ser igualada tão
somente ao quadro de desordem e violência urbana que se instalou no
nosso estado e cidade.
Na última década, desde a administração Conde, passando por Cesar Maia
e chegando a atual gestão Eduardo Paes, a prefeitura deixou de aplicar o
mínimo constitucional de 25% da receita líquida em educação conforme
determina o art. 212 da Constituição. Só no exercício de 2010, foram menos R$
500 milhões de investimentos na qualidade do ensino e estruturação das escolas.
Fica a pergunta: como uma pessoa que não faz mais parte da comunidade
escolar, entra em uma unidade de ensino portando duas armas sem que ninguém
perceba tal fato?
Para nosso mandato, o ocorrido demonstra a precarização das escolas
públicas que não contam com um quantitativo de servidores (inspetores,
porteiros, serventes, professores) que auxiliem na segurança no interior das
escolas.
Leia a Carta Pública do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública para a população carioca.
Conheça a lei 4666/07, de autoria do mandato, que visa prevenir violência nas escolas.