A secretária executiva do Ministério da Educação afirmou que o ensino superior público é insustentável. Ledo engano. A universidade pública é paga por todo cidadão através de seus impostos, e muito bem paga. E deve continuar sendo pública para servir a todo jovem, e não apenas aos que podem arcar com esses custos.
Esse projeto de cobrança de mensalidades é uma “máscara” que visa encobrir um processo em curso no Brasil, desde 2001, ainda na Era FHC, de privatização das universidades públicas. Com a desvinculação orçamentária dos recursos da Educação e Saúde, já está em prática o projeto de privatização desses e outros direitos sociais.
O contingenciamento das verbas de custeio e investimentos e o corte nas bolsas de pesquisa, em 2017, é outro indicador da política imposta por um governo ilegítimo, que visa dificultar a manutenção e funcionamento de nossas universidades públicas, como centros de pesquisa, ensino e extensão, de excelência, fundamental ao desenvolvimento econômico e social e a superação da cada vez maior dependência econômica e tecnológica.
É uma clara tentativa de liquidação do ensino superior público, gratuito e universal, em função da garantia do lucro dos grandes grupos econômicos e do “mercado”. Mas nós não vamos permitir!
Para nosso mandato, educação não é mercadoria, e o objetivo maior de uma instituição de ensino superior não deve ser apenas a oferta de formação em carreiras com possibilidades economicamente vantajosas.
O ensino superior é um bem público, e assim deve continuar, para toda a sociedade brasileira. Investir em Educação, Ciência e Tecnologia é investir na independência do país.
Reafirmamos o nosso compromisso de continuar na luta em defesa da educação pública, laica, de qualidade, socialmente referenciada, para todos e em todos os níveis.