Causa indignação a forma como órgãos esportivos internacionais – entre eles a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI) -, usam os megaeventos como forma de impor suas regras e interesses comerciais acima das tradições e leis do nosso país.
A Livraria e Edições Folha Seca representa o espírito carioca e é um polo de resistência cultural de duas das maiores paixões de nossa cidade: a música e o futebol.
Além disso, foi uma das pioneiras na ocupação da região do Arco dos Telles, uma parte do Centro Histórico que andava abandonava e hoje é um pavilhão de cultura.
Por tudo isso, nosso mandato concedeu, em 2011, a Medalha Pedro Ernesto ao seu dono, o livreiro Rodrigo Ferrari.
Agora, Rodrigo foi notificado com a exigência que fosse retirada de sua vitrine um banner com um desenho do Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico na década de 50, com a inscrição: “2016 Ano olímpico Adhemar Ferreira da Silva na Folha Seca”.
O banner, desenhado pelo caricaturista Cássio Loredano, é uma tradição anual na livraria que desde 2009 escolhe uma figura importante ligada à música, esporte ou à cidade, para homenagear.
Não somos contra a realização dos megaeventos na nossa cidade, mas eles não podem servir apenas para atender aos grandes interesses econômicos e políticos da elite de sempre.
- O cartaz com o desenho de Loredano e a tarja preta