A previsão é de investimentos na ordem de 30 bilhões na preparação da cidade para as Olimpíadas. A promessa é de melhoria dos transportes, Metrô até Barra da Tijuca e um legado social que Jogos Olímpicos, acreditam muitos, trazem para as cidades-sede. O setor dos Transportes, segundo o COB, deve receber uma injeção de R$ 9 bilhões. Mas o atraso no cronograma de tantas obras de infraestrutura nos faz duvidar de tantas notícias alvissareiras sobre grandes avanços no Rio de Janeiro.

A experiência dos Jogos Pan-Americanos de 2007 mostrou que a pressa pode gerar licitações fraudulentas e gastos desnecessários. Ou mesmo incorrer em descumprimento de metas e obras inacabadas ou, depois, mal exploradas. Não queremos uma repetição do que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos, quando um orçamento estimado de menos de R$ 500 milhões se transformou em gastos de R$ 4 bilhões.

O relatório que publiquei ontem dá uma ideia de como megaeventos não são, necessariamente, uma soma redonda em que o resultado é consequência positiva para a cidade e seus moradores ou legado social traduzido em melhorias na infraestrutura de portos, aeroportos, transportes, parque hoteleiro, lazer, gastronomia, energia, telecomunicações, hospitais, saneamento básico e segurança.

Opine. Como você acha que ficará a cidade depois da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016?