Apenas 14,8% dos moradores em áreas de risco foram reassentados pela prefeitura. Os dados foram divulgados em reportagem do jornal O Globo que estima um número de 1.345 famílias residindo em locais com 100% de probabilidade de desmoronamento. Às portas da estação das chuvas, a prefeitura ainda não tem levantamento certo das localidades onde pretende fazer contenção de encostas ao invés de promover reassentamentos.

A matéria traz outros dados preocupantes: apenas cinco das nove favelas com moradores em áreas de risco
têm sirenes do sistema de alerta de chuvas. Muitas famílias que deixaram suas moradias em troca de aluguel social – à espera de reassentamento – deixaram de receber o benefício e voltaram às casas condenadas.

Muitos moradores continuam esperando as habitações do projeto “Minha Casa, Minha Vida” que nunca saíram do papel. Na maioria dos casos, os reassentamentos são na Zona Oeste. De acordo com a reportagem, há quem reclame da prometida troca de endereço para bairros que são controlados por facções milicianas enquantos as favelas onde residem receberam UPPs e aguardam investimentos sociais.

Diante deste quadro, você teme que esta população venha a ser vítima de deslizamentos de encostas se ocorrerem prováveis chuvas fortes no próximo Verão? Há morosidade na adoção das intervenções necessárias por parte da prefeitura?