O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) autorizou projeto de Eike Batista que modifica a Marina da Glória, no Parque do Flamengo. Toda esta área foi tombada e declarada non aedificandi em 1968.
Há mais de dez anos, o movimento SOS Parque do Flamengo tenta barrar intervenções propostas para a Marina e preservar o lugar como espaço público. Segundo o movimento, formado por frequentadores do Aterro, o projeto de reformar o lugar foi retomado em 2006 em função dos Jogos Panamericanos, o que incorreu em cercamento de 10% da área pública e na transformação do antigo espaço para piquenique em estacionamento. Também foi iniciada a construção de uma garagem de barcos. A obra foi embargada pelo Ministério Público, graças a mobilização da sociedade civil. Mas os escombros ainda podem ser vistos no espelho d’água.
Com a autorização do Iphan, o grupo EBX – que assumiu a concessão da Marina Glória – pretende levantar um prédio com cobertura de grama onde funcionarão lojas e restaurantes. Terá 15 metros em seu ponto mais alto – o correspondente a cinco andares. A empresa de Eike ainda precisa obter as licenças ambientais que liberarão a obra.
O projeto de revitalização da Marina não resolverá o problema de lançamento de esgosto na Praia do Flamengo que ocorre em virtude de ligações clandestinas nas redes pluviais. A Cedae – que prevê a implantação de uma nova galeria para captar este esgoto – estima um custo de R$ 12 milhões para acabar com o despejo irregular no mar.
Opine. Você concorda com a reforma da Marina da Glória, no Parque do Flamengo?
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