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Pela manutenção do sistema de cotas nas nossas universidades

O deputado Rodrigo Amorim (PSL) quer acabar com a política que permite que tantos jovens pobres tenham a oportunidade de fazer um curso superior. Ele despreza a conquista de tantas famílias que, historicamente sem oportunidades, formaram pela primeira vez um filho ou neto. Despreza as consequências da escravidão para a população negra, até hoje “a carne mais barata do mercado”. Ignora que a maior parte da população que habita as periferias é negra e não tem acesso à educação de qualidade, exatamente porque são anos e anos de um projeto de destruição da educação pública, única possibilidade de quem não tem dinheiro para estar em escolas privadas, neste país onde querem privatizar tudo e relegar a população pobre à miséria material, intelectual, cultural.

Em 15 anos de adoção do sistema de cotas, o percentual de negros que concluíram a graduação passou de 2,2%, em 2000, para 9,3% em 2017. Se, mesmo com esse importante avanço, o índice de negros diplomados ainda não alcançou o de brancos, imaginemos sem as cotas. Entre a população branca, a proporção atual é de 22% de graduados, de acordo com o IBGE.

Não queremos essa sociedade marcada por desigualdades. Lutamos para que todos tenham oportunidades. Não permitiremos um retrocesso como o que propõe o partido de Bolsonaro na educação do país, com os absurdos cortes de verbas das nossas universidades e escolas, e do nosso estado, com a proposta de Amorim — o mesmo deputado que quebrou a placa da Marielle durante a campanha e depois de eleito a ostenta quebrada em seu gabinete na Alerj, como símbolo de desumanidade.

 

 

 

 

 

 

 

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