Ele começou bem pequeno, com 300 pessoas seguindo uma kombi depois de um batismo no chafariz das Saracuras, que fica no Centro da Praça General Osório. O Simpatia É Quase Amor completa 30 anos de vida arrastando 70 mil foliões para a orla de Ipanema, número de pessoas que se aglomerou na Avenida Vieira Souto ano passado. O tradicional desfile no domingo ocupa as duas pistas da avenida e até quem está nas areias aproveita a animação. O nome do bloco foi retirado do livro “Rua dos Artistas e Arredores”, de autoria de Aldir Blanc. O personagem Esmeraldo Simpatia é Quase Amor é um malandro da região da Muda, na Tijuca, na Zona Norte. No primeiro Carnaval, sob o comando do patrono Aldir, muitos foliões vestiram máscaras de Tancredo Neves. Eram tempos de Diretas Já e o bloco, que combina o amarelo e lilás, mostrava seu engajamento político.
“Nos dez primeiros anos do Simpatia, a gente comprava os instrumentos de percussão e vários iam sumindo no decorrer do desfile. As pessoas simplesmente iam embora tocando caixa, tamborim… Durante um tempão o material que chegava salvo ao término do desfile ficava guardado na casa de minha mãe, imagina! Hoje são 150 instrumentos, que ficam numa casa que alugamos no Morro Azul, sob os cuidados do mestre (de bateria) Penha. Temos segurança, carro de som, a bateria é profissional. Mudou tudo”, relembra um dos fundadores, Henrique Brandão, em reportagem publicado no jornal O Globo.
O Simpatia faz sua concentração neste domingo (02/03), às 17h, na Praça General Osório. E haverá uma exposição de registros do bloco, ainda sem data agendada, na Casa de Cultura Laura Alvim. Veja fotos do primeiro Carnaval do “Simpa”, em 1985. Na sequência, a Avenida Visconde de Pirajá vazia antes da passagem do bloco, o 300 foliões que fundaram o Simpatia, Marcelo Cerqueira e Dodô Brandão no meio da multidão…A última foto mostra o bloco gigantesco no ano passado.
2 Responses to Rio antigo: 30 anos de muita Simpatia é Quase Amor