Não era obra de Gaudí mas o edifício Elixir de Nogueira, na Glória, talvez tenha sido uma das construções mais originais que o Rio de Janeiro já possuiu. Projeto do italiano Virzi, foi construído em 1916 e, por seu valor arquitetônico, foi tombado. Mas o tombamento caiu em 1970, sem explicações convincentes. Com ele, veio abaixo também uma joia arquitetônica. Era considerado o mais importante prédio art nouveau da América Latina. No nível da rua, a fachada tinha um conjunto escultório que reunia ninfas, gárgulas e fitas alegóricas que se entrelaçavam em tonalidade mais clara que a cor do edifício e pareciam pular no direção dos transeuntes que circulavam na Rua da Glória, nas imediações do número 214. Com estrutura cilíndrica nos dois primeiros andares, o edifício tornava-se retangular a partir dos pisos mais altos. O desenho do prédio causou estranheza e houve quem duvidasse de sua segurança. Foi uma obra inovadora que misturou concreto armado com estrutura metálica, mais um motivo para despertar tanta desconfiança. No entanto, o Elixir de Nogueira só desapareceu quando foi intencionalmente demolido após seu destombamento.
- Eliomar Coelho é engenheiro. Deputado combativo e ético, sua atuação política tem como referência a parceria com movimentos populares e como eixo central a defesa de uma política urbana democrática, que privilegie a cidadania e a participação popular. Leia mais
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