Rio antigo: Largo de São Francisco

O Largo de São Francisco ocupa uma área central da cidade, em forma de quadrado, perto da Praça Tiradentes e de outro largo, o da Carioca. Seu nome tem origem na Igreja da Venerável Ordem 3ª dos Mínimos de São Francisco de Paula.

Originariamente uma praça (1742), as obras da “Praça Real da Sé Nova” tiveram início em 1749 quando havia o plano de construção de uma nova igreja para ser a Catedral. As obras foram interrompidas em 1752. A partir de 1758, ficou conhecido como Largo de São Francisco de Paula por causa da igreja erigida no local.

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, o projeto da Catedral foi abandonado, mas tanto a estrutura como os materiais foram aproveitados. No local, foi erguido um prédio em que se destaca a sua arquitetura e que foi sede da Academia Real Militar no século XIX, depois da antiga Escola Politécnica (1862), da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil e a Escola de Engenharia da UFRJ, que permaneceu no local até 1965, transferindo-se para o Fundão. Atualmente abriga o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e o Instituto de História (IH), ambos da UFRJ.

Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

Depois de 1808, ganhou o nome de Largo de São Francisco de Paula, nome tirado da igreja.

Igreja de São Francisco de Paula

No processo histórico do país, o Largo foi palco, no tempo da regência, de sérios distúrbios e manifestações provocados talvez pelas atividades restauradoras da Sociedade Militar, que tinha sua sede no local.

O Largo possui uma área ampla com algumas árvores.  Seu acesso é feito por ruas estreitas e antigas, como a Ramalho Ortigão, característica típica de urbanização do período colonial.

Em 1872, foi erguida no local uma estátua de José Bonifácio (1763-1838), Patriarca da Independência, político influente junto à D.João VI (1767-1826) e seu filho, D. Pedro I (1798-1834), primeiro imperador do Brasil.

Estátua de José Bonifácio

Curiosidade: com a Proclamação da República (15/11/1889), trocaram o nome para Praça Coronel Tamarindo (1837-1897), militar morto na Guerra de Canudos, porém o novo nome não vingou.

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