Rio antigo: Morro de São Carlos

Mães com o filho no colo, crianças e jovens na escadaria do Morro de São Carlos, no Estácio, imortalizado por gênios da MPB como Gonzaguinha e Luiz Melodia, que morreuem agosto. Localizadona Região Central do Rio, sua ocupação ocorreu no início século XX. Leva o nome da rua principal, a São Carlos, que corta o meio do morro em grande parte da sua extensão.

Em 1928, o sambista Ismael Silva (1905/1978), parceiro de Noel Rosa, reuniu os “blocos de sujos” do bairro e fundou a primeira Escola de Samba da cidade, a “Deixa Falar”, que desfilou durante três anos consecutivos – 1929, 30 e 31. Ismael Silva é o criador do termo “Escola de Samba”, analogia que teria feito com a “Escola Normal” do bairro.

Durante um bom tempo, a região foi reduto da boemia carioca. Por lá circulavam o sambista Moreira da Silva (Kid Morengueira), a cantora Angela Maria, os poetas Torquato Neto e Waly Salomão e o “malandro” Madame Satã.

Curiosidades: Fundada em 1955, a Escola de Samba Unidos de São Carlos adotou, a partir de 1983, o nome Estácio de Sá, representando não só o Morro de São Carlos, mas também todo o bairro do Estácio.

Em 1992, como enredo “Paulicéia Desvairada”, a escola foi campeã do Grupo Especial.

Reza a lenda que no bar do “Cumpadre”, que não existe mais, se reuniam os parceiros Ismael Silva, Noel Rosa e o cantor Francisco Alves.

Foto de Augusto Malta de 1933.

 

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