O Palacete da Rainha foi construído para moradia de Carlota Joaquina, mulher de D. João VI. A rainha morou no palacete até voltar para Portugal em 1821. O imóvel ficava no antigo Caminho Novo de Botafogo (Atual Marquês de Abrantes) com a praia de Botafogo. Em 1842, doze anos depois da morte dela, foi arrematado pelo Marquês de Abrantes, senador e ministro do império, que acabou dando nome também à rua do bairro do Flamengo, na Zona Sul.
O baiano Miguel Calmon Du Pin e Almeida, o Marquês de Abrantes, morreu em 1865, mas sua viúva continuou morando no local, mesmo depois de ter se casado com o Visconde de Silva.
O palacete foi demolido nos anos 50. Atualmente, ali está localizado um edifício residencial. Fica na esquina da Rua Marquês de Abrantes com a praia de Botafogo.
Curiosidade: Reza a lenda que seu primeiro dono foi José Fernandes, filho da lendária Chica da Silva. Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808. o palacete teria sido vendido ou desapropriado para servir de uma das moradias da rainha Carlota Joaquina.
O Caminho Novo de Botafogo era a continuação da Estrada do Catete (atual Rua do Catete), que ligava os dois bairros. A rua de Botafogo, Caminho Novo e Marquês de Abrantes foi aberta em ao trânsito público em 1796.
Antes disso, para chegar a Botafogo, o trajeto seguido era feito pelo Caminho Velho, ou seja, pela atual Senador Vergueiro (antiga Estrada da Pedreira).
Foto: Augusto Malta S/D. Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.