Rio antigo: Rua São Clemente

Rua São Clemente, em Botafogo, sentido Jardim Botânico, fim do século XIX. Á esquerda, na calçada, vemos uma mulher com sombrinha. Ao seu lado, uma sege (veículo leve de tração animal), e, ao lado desta, um bonde de tração animal. No fundo, à direita, aparece a chácara do Abílio (atual Rua Marechal Francisco de Moura). Mais ao fundo, o Corcovado. Na São Clemente, moraram Barões do Café.

Foto Julio Gutierrez

A família rela portuguesa, fugindo de Napoleão Bonaparte, chegou ao Rio em 1808, mudando a configuração da cidade. Na Rua São Clemente, em Botafogo, moravam os Barões do Café; já na Voluntários da Pátria, estabeleceram-se pequenos nobres e comerciantes.

A partir de 1900, o perfil do bairro se modifica, quando para lá se mudam operários, artesãos, funcionários públicos, militares, comerciantes e profissionais liberais.

Os enormes casarões dão lugar às habitações coletivas, que se tornam a marca do bairro, servindo de inspiração para o livro “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo. A história se passa numa vila da Rua Assunção.

Entre 1925 e 1930, surgem as Ruas Barão de Lucena e Guilhermina Guinle, mas já sem as vilas, proibidas, por lei municipal.

Prédios de até quadro andares começam a ser construídos no bairro. Com a expansão dos bairros de Copacabana e do Jardim Botânico, tornou-se centro de abastecimento comercial e de consumo. Moradores de Copa e do JB também iam até Botafogo em busca de hospitais e escolas.

http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria03/rioantigo/mh-g3a065.htm

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