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Sustentabilidade: hospital desativado em Santa Teresa pode abrigar fazenda vertical

 O Hospital IV Centenário poderá abrigar uma fazenda vertical. Para discutir esta ideia, a AMAST (Associação de Moradores de Santa Teresa) reúne, hoje, 19h30, no auditório do Colégio Estadual Monteiro de Carvalho, no bairro, a comunidade e o arquiteto paulistano Rafael Grinberg Costa, autor de dois projetos arquitetônicos que propõem a transformaçãao dos edifícios São Vito e Mercúrio, no Centro de São Paulo, em fazendas verticais. Pela manhã, Rafael fez uma vistoria no hospital, que está desativado, e disse que o projeto é totalmente viável.

 A proposta é totalmente inovadora. E baseada na tecnologia de estufas como as existentes em cidades no Japão, Escandinávia, Estados Unidos e Canadá. Nenhuma proposta de fazenda vertical saiu do papel até hoje. Nem mesmo o projeto Dragonfly, do escritório de arquitetura Vincent Callebaut, que transformaria um prédio de 132 andares e 600 metros de altura, em Nova York, em horta urbana.  

Mas, de olho no futuro, Rafael Grinberg acredita e aposta no projeto como solução de sustentabilidade. O prédio do hospital tem 6 mil metros quadrados, dos quais grande parte poderá receber cultivo hidropônico. Uma área será transformada em espaço para a comunidade. Para se ter uma ideia da capacidade de plantio no hospital, Rafael informa que uma estufa de alta tecnologia, com três mil metros quadrados, produz até 40 mil pés de alfaces hidropônicas por mês.

“É fundamental uma parceria público-privada para patrocinar este projeto. Se utilizarmos energia solar ou energia de gás metano, isso aumenta o custo de implantação mas diminui o custo da manutenção. Ainda tenho que fazer um estudo para levantar, por exemplo, custos a partir da demanda de mão de obra e despesas relativas ao consumo de água e energia”, conta Rafael.

Entre as vantagens da fazenda vertical, destacam-se a produção durante o ano inteiro, eliminação da contaminação do solo por fertilizantes, pesticidas e/ou fungicidas, a redução significativa do uso de combustíveis fósseis (máquinas de fazenda e transporte das colheitas), utilização de propriedades abandonadas ou sem uso, independência de condições climáticas capazes de sabotar o plantio ou a colheita e geração de emprego urbano.

 

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