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13 de maio: 131 anos da abolição da escravidão

Neste 13 de maio, que marca os 131 anos da abolição, é preciso lembrar o quanto as consequências de três séculos de escravidão seguem vivas em uma sociedade que não ofereceu à população negra condições de se inserir dignamente. Assim, “a carne mais barata do mercado” continua sendo a negra, relegada à informalidade e ao subemprego, distante da igualdade de acesso à educação, ainda à margem de uma sociedade racista na qual as melhores condições de estudo, trabalho e moradia continuam sendo de brancos. De acordo com dados de 2017 do IBGE, negros ganham R$ 1,2 mil a menos que brancos no Brasil, em média. Entre graduados, a diferença salarial chega a 47% a menos para os negros, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Habitando principalmente as periferias e favelas urbanas, onde falta saneamento básico e tantas políticas públicas, mas sobram operações policiais, jovens negros continuam sendo as principais vítimas quando se trata de homicídios praticados por policiais e encarceramento, superlotando cemitérios e prisões.

Por isso, 131 anos depois daquele 13 de maio de 1988, é preciso lembrar que quando a abolição aconteceu, a população negra foi largada à própria sorte e a única forma de acelerarmos o processo de redução de desigualdades é com ações afirmativas. A política de cotas, por exemplo, 15 anos depois de sua implantação, mais do que dobrou o número de negros em universidades, oportunidade que a maior parte da população negra ainda não tem, sobretudo neste contexto desigual e ainda de desmonte da educação pública.

Por isso, a data de hoje precisa ser para lembrar a importância dessa luta. Afinal, “não veio do céu, nem das mãos de Isabel, a liberdade é um dragão no mar de Aracati”, como cantou a Mangueira no último carnaval.

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