Um momento fértil para defender as bandeiras da esquerda e trabalhar a ampliação do PSOL a nível estadual. Esta foi uma das conclusões do debate entre os pré-candidatos do PSOL ao governo do Estado, o geógrafo Jorge Luis Borges e o professor Tarcísio Motta, sobre o processo eleitoral de 2014. O encontro foi realizado ontem (07/04) no Salão Nobre da Câmara Rio e serviu para traçar um panorama da situação do estado.
Jorge Luis Borges, pré-candidato que integra o coletivo Ecossocialista Libertário, apontou três colapsos que atingem o estado, o da segurança pública, o da mobilidade urbana e o colapso sanitário – três eixos centrais no programa de governo, além da educação e da saúde.
“Concordo com a chave de análise dos três colapsos apresentada pela Ecossol. Acredito que qualquer que seja o candidato, o partido estará bem representado. Precisamos discutir o papel do PSOL no processo eleitoral. É possível com uma estrutura frágil fazer a Primavera Fluminense? Acredito que sim”, disse Tarcísio Motta.
Para Jorge Luis Borges, o debate possibilita entrar de forma mais amadurecida na discussão do programa de governo.
“O PSOL deve fazer a diferenciação e trazer as discussões da esquerda nos debates e na imprensa”, afirmou o geógrafo, assinalando que “o estado democrático é um farsa e o estado de exceção se disseminou como técnica de governo”.
Jorge Luis Borges é geógrafo formado na UFRJ, com especialização em Planejamento e Uso do Solo (IPPUR/UFRJ) e MSc em Planejamento de Transportes pela COPPE. Tarcísio Motta é professor de História formado pela UFF, leciona no Colégio Pedro II e por muitos anos foi da rede municipal de Caxias.