Lamentavelmente, a dengue volta a assombrar a população. Lamentável porque um trabalho preventivo sistemático poderia ter evitado este novo surto. Já são 13 bairros com incidência de 314 casos por cem mil habitantes, o que caracteriza epidemia. Em três meses, foram registrados 8.315 ocorrências, mais do que o total de casos registrados em 2009 e 2010. E somente agora, quando a situação é crítica, a prefeitura adota medidas como fumacê portátil e aumento no contingente dos agentes sanitários. Mesmo assim, somente nos bairros onde há mais pessoas infectadas.
As secretarias de Saúde do estado e do município insistiram em afirmar que a situação estava sob controle. Fica a pergunta: como explicar a explosão de casos? Já era do conhecimento das autoridades, em novembro de 2010, o aumento nos casos de dengue no Rio de Janeiro, que estava entre os 16 estados com alto risco de enfrentar uma epidemia.
Ressalto que a prefeitura não cumpriu a promessa de repor, no final do ano passado, a baixa de 1300 bombeiros que atuavam no combate ao mosquito Aedes Aegyti e que retornaram aos quadros do estado – mão de obra essencial no trabalho de prevenção à epidemia na cidade.
A população terá que pagar, mais uma vez, por esta negligência?
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