Além de reivindicar aumento salarial, os rodoviários também querem acabar com o acúmulo da função de motorista e cobrador. Para corrigir esta ilegalidade, há dois anos, Eliomar Coelho e Marcelo Freixo entraram com representação junto ao Ministério Público Estadual e o Ministério do Trabalho solicitando a instauração de inquérito civil mas a Justiça do Trabalho até hoje não fez a denúncia.
Enquanto isso, as empresas de ônibus têm garantida uma economia de R$ 188 milhões nos próximos três anos em função da redução na arrecadação da alíquota de ISS (Imposto Sobre Serviço) de 2% para 0,01%, proposta por Eduardo Paes, de acordo com reportagem do jornal O Dia. É o montante que a prefeitura deixará de arrecadar, bem superior ao valor calculado pelo prefeito. Na época, Paes anunciou que deixaria de arrecadar apenas R$ 33 milhões.
Por ser contrário ao benefício, Eliomar Coelho votou contra a mensagem do Executivo enviada à Câmara Rio que propôs a isenção fiscal. O parlamentar não via e não vê razões para tal vantagem. E de acordo com a projeção da renúncia de ISS até 2017, feita pela prefeitura, o valor que as empresas deixam de pagar aumentará numa escala progressiva.
Com os sucessivos aumentos de tarifa, a renúncia pode ser rotulada de privilégio. E onde estão as melhorias no setor de transporte, argumento usado pelo prefeito para justificar o redução de ISS?