O Rio de Janeiro era negro. Essa era a impressão de quem visitava a cidade na primeira metade do século XIX, de acordo com a descrição da historiadora americana Mary C. Karash no livro “A vida dos escravos no Rio de Janeiro”. A publicação, traduzida para o português há mais de uma década, é uma referência como fonte de conhecimento sobre o nosso passado, sobre como viviam aqueles homens e mulheres que vieram da África. Em sua pesquisa minuciosa, a autora verificou que, diferente do que aconteceu na Bahia, a população de escravos no Rio era composta por africanos. E isso explica a riqueza da cultura afro-carioca que é marca registrada da cidade. Da feijoada ao samba, passando pelo vocabulário, a influência é evidente. Na foto de Marc Ferrez, escravos negros chegam ao Rio em navio francês.
- Eliomar Coelho é engenheiro. Deputado combativo e ético, sua atuação política tem como referência a parceria com movimentos populares e como eixo central a defesa de uma política urbana democrática, que privilegie a cidadania e a participação popular. Leia mais
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