Na próxima quinta-feira, às 16h, dia 12/09, a ASFOC (Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz) entrega Medalha Careli para lembrar de todos os Amarildos vítimas da arbitraridade policial. Mês passado, completaram 20 anos do desaparecimento do servidor da Fiocruz, Jorge Careli, que foi confundido com um sequestrador e levado por policiais da Divisão Anti-Sequestro quando falava de um telefone público na Favela da Varginha, em Manguinhos. Na mesma ocasião, será entregue o Prêmio Sérgio Arouca a entidades que se destacam na luta por saúde e cidadania. O encontro será na Estação ASFOC – na Fiocruz, que fica próxima à Passarela 6 da Av. Brasil.

Serão homenageadas, a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Jurídica da OAB/RJ e a Associação de Moradores da Vila Autódromo. A ASFOC repudia a violência do Estado nas manifestações sociais e populares e cobra responsabilidade nas práticas autoritárias, arbitrárias e abusivas das autoridades como, por exemplo, no caso de Amarildo, o ajudante de pedreiro, morador da Rocinha, desaparecido no mês de julho.

A Justiça condenou o Estado do Rio de Janeiro a pagar uma indenização à família de Careli e, depois de quase duas décadas do desaparecimento, declarou, finalmente, a morte presumida do servidor. Equivalente à certidão de óbito, o Sindicato entregou em março deste ano o documento à mãe de Jorge, dona Maria, em cerimônia pública com amigos e familiares de Careli, diretores e ex-dirigentes do Sindicato.

Este ano, o Prêmio Especial Sergio Arouca de Saúde e Cidadania, concedido desde 2004, vai para a VídeoSaúde Distribuidora da Fiocruz (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnolocia em Saúde/Icict), o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental/Laps (Escola Nacional de Saúde Pública/Ensp/Fiocruz), o chefe do departamento de cirurgia pediátrica do Instituto Fernandes Figueira/IFF, Paulo Roberto Boechat, e o ex-presidente do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps) Hesio de Albuquerque.