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Greve dos garis: vitória da resistência e da mobilização

Foram oito dias de uma greve que atravessou o Carnaval de 2014 e terminou com uma vitória histórica. Os garis do Rio que tinham um piso de R$ 802,57, e haviam recebido apenas 9% de reajuste, conseguiram um aumento real de 37%. O piso passou para R$ 1.100 e o tíquete refeição foi reajustado em 66% (de R$ 12 para R$ 20,00). Com os 40% de insalubridade, a categoria receberá um salário final de R$ 1540.

Nem as demissões de 300 grevistas, nem a promessa de suspensão dos cortes se a paralisação fosse suspensa sem negociações frearam o movimento. A esta altura, montanhas de lixo se acumulavam depois de dias de Carnaval de rua. Mas grande parte da população apoiou o movimento por considerar o pleito legítimo.

A afirmação do prefeito de que tudo não passava de um “motim” e a tentativa de vincular a greve a uma minoria de 200 a 300 garis manipulados por lideranças com vínculos partidários e interesses escusos não abalaram e nem desmoralizaram os trabalhadores.

Os garis foram para a rua em passeata que deixou claro o nível de mobilização. Foi uma resposta à acusação de que eles não haviam voltado ao trabalho porque estavam sendo ameaçados de morte em piquetes.

Os grevistas não descruzaram os braços porque não reconheceram a representatividade de um sindicato que negociou o fim da paralisação com a direção da Comlurb e sequer levou uma proposta para a assembleia da categoria.

A luta era por salário justo e compatível com a importância do trabalho que os garis prestam à cidade. A resistência do movimento a despeito de toda contrainformação e tentativa de desqualificação mostrou que a mobilização faz a força.

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