A partir de agora, atendendo a lei 5626/2005, o site do vereador Eliomar Coelho (PSOL/RJ) incorpora a tradução em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) em parte de seu conteúdo. A proposta inicial é traduzir, mensalmente, algumas matérias. Esse universo será ampliado paulatinamente. Em concordância com o que determina a lei, Eliomar pretende, desta forma, assegurar o acesso à informação para uma parcela significativa da população.
No Brasil, cerca de 6 milhões de pessoas são portadoras de deficiência auditiva. Para elas, o português é a segunda língua. A língua portuguesa é adquirida naturalmente por via auditiva – capacidade que as pessoas surdas não têm. Para quem não escuta, a aquisição é viso-motora. Por isso, a Língua Brasileira de Sinais é a primeira língua dos surdos. Uma grande parcela dos deficientes não têm fluência total na leitura de textos.
– Estamos acompanhando a demanda de uma parte da população com o aproveitamento dos instrumentos oferecidos pela tecnologia avançada – diz Eliomar Coelho.
Referência junto aos movimentos da sociedade civil, Eliomar apresentou projeto de lei que estabele critérios para inclusão em turmas regulares de portadores de deficiência física, transtornos globais do desenvolvimento e superdotação, entre outros – uma mudança adotada pela prefeitura sem discussão e sem planejamento. A finalidade da proposta é evitar prejuízos para os alunos com deficiência.
– A maioria das pessoas surdas têm pais ouvintes que não falam em libras. O surdos são privados de toda a informação que os ouvintes adquirem naturalmente em suas próprias casas. Até que a família conheça a Libras, e aceite aprender para se comunicar com o filho, a criança já perdeu muita informação importante do mundo. Por isso a dificuldade e o atraso das pessoas surdas com a Língua Portuguesa. Os surdos que hoje têm estudos, como faculdade e pós graduação, na sua maioria conseguiram por esforço próprio. Somente agora, com a lei da Libras, os cursos superiores estão contratando intérprete. Mas muitas instituições ainda se recusam a pagar – explica Jurema Souza, do Ines (Instituto Nacional de Educação dos Surdos, especialista em educação de surdos e autora do Atlas Geográfico Interativo Bilíngue.
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