Reportagem publicada nesta quarta-feira (02/04) informa que licitação da Transcarioca foi feita com base em projeto conceitual. O método incorreu em erro na altura de um mastro de sustentação projetado com 120 metros de altura que, técnicos por fim concluíram, prejudicaria a operação de tráfego aéreo no Aeroporto Internacional. No lugar do mastro, estão sendo construídos dois arcos.
Modificações no projeto original por falha de planejamento, reajustes no orçamento – que saltou de R$1,3 bilhão para R$ 1,9 bilhão, de acordo com matéria do jornal O Globo -, e atraso no cronograma da obra não são problemas na ótica do prefeito. Eduardo Paes afirmou considerar tudo normal.
Não haverá tempo de testar a Transcarioca – que liga Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional e terá 46 estações ao longo do percurso. A previsão é de um movimento diário de 320 mil usuários do sistema de ônibus, mais que o dobro da Transoeste. Mas a operação “piloto” em trecho que deveria estar concluído em fevereiro não acontecerá.
Os pardais necessários para impedir abusos como excesso de velocidade e avanço de sinais ainda não chegaram. O Consórcio Operacional BRT – que é administrado pelas empresas de ônibus – ainda não implantou a central de controle que fiscalizará os ônibus na Transcarioca.
Com uma operação mais complexa que a Transoeste, tudo indica que a Transcarioca será inaugurada sem testes e sem equipamentos de monitoramento. Para além dos gastos adicionais – que um planejamento eficaz poderia ter eliminado –, esperamos não assistir a uma sucessão de acidentes como os ocorridos desde a abertura da Transoeste
Pingback: Ditadura nunca mais! | Eliomar Coelho - PSOL - O vereador do Rio