A Nova Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (BNCC), aprovada pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e que segue a lógica desse governo golpista e “temeroso”, não encontra legitimidade, pois não houve o necessário debate com a comunidade acadêmica. Aqueles que devem implementar nas salas de aula as orientações da base – os professores e professoras – não foram consultados.
Além de seguir a lógica das avaliações externas às redes, um dos pontos que nos causa total discordância e contrariedade foi a aprovação do ensino religioso nas escolas públicas, ainda que de matrícula facultativa.
O CNE ainda discutirá, porém, até o início do próximo ano, se a religião continuará assim ou se entrará como um componente das ciências humanas. Já não basta o STF ter decidido que o Ensino Religioso, nas escolas públicas, poderá ter caráter confessional? Não podemos esquecer um exemplo não muito longe. Na Itália de Mussolini, o ensino religioso serviu de incentivo e propaganda para o fortalecimento da ditadura fascista.
Outra crítica à BNCC aprovada é que o Ensino Médio, parte integrante da Educação Básica, ficou para um debate posterior, o que implica numa descontextualização na formação dos professores.
Nosso mandato cerra fileiras junto aos que defendem uma escola pública democrática, laica e socialmente referenciada.